segunda-feira, 21 de outubro de 2013

"Como poderiam a predeterminação e o livre- arbítrio existirem ambos?" - Resenha do livro "Quando ela acordou" - Hillary Jordan

Lembram-se quando disse em posts anteriores que sou altamente atraída pelas capas dos livros? 

Parece que mais uma me fisgou, quando andando pela livraria bati o olho em "Quando ela acordou". 

A capa traz uma imagem de uma mulher encapuzada, onde se consegue apenas ver seu nariz, boca e um pedaço de seu pescoço. O que chama a atenção é que ela é vermelha. Isso mesmo, sua pele é da cor vermelho sangue. Na hora em que vi, pensei: "preciso saber o porque". 

Eis que soube do porquê em apenas dois dias, que se passaram voando com essa leitura que me deixou de boca aberta e ao mesmo tempo pasma em como a criatividade de uma autora pode voar longe, talvez tão longe, que nem eu como leitora jamais sonhei em ir. 

O livro conta a trágica história de Hannah Payne. Ela é uma menina que foi criada com preceitos extremamente radicais em relação a vida. Sua família é religiosa fervorosa e se dedica 100% do tempo a Igreja. Hannah aprendeu, que a mulher foi criada para servir ao homem, obedece-lo e nunca questionar suas atitudes ou decisões. Gays, sexo sem objetivo de procriação, música e livros (exceto os religiosos e eruditas), roupas que mostrem qualquer característica sedutora do corpo de uma mulher, são considerados atos de Satã, pecados mortais e sem perdão. Deus nos colocou no mundo para servi-lo, ser bom sem questionar o porque de nada e nem de ninguém. Foi assim que Hannah cresceu, dentro de uma caixinha devota a um Senhor que castiga, pune e não perdoa nenhum "pecado". 

A tragédia se inicia quando Hannah é acusada de um assassinato. Aqui o livro se torna interessante: ele se passa em uma era futurística, onde os julgados como criminosos tem sua pele geneticamente alterada para combinar com o delito que cometeram.  Os Cromos, como são chamados, ficam 30 dias encarcerados em uma sala cheia de espelhos enquanto a nova cor de sua pele vai tomando forma, e são assistidos como em um reality show para o resto da população.

Após este pequeno mas tortuoso tempo, eles são soltos e vivem entre os seres humanos "normais",
angariando na pele (literalmente) o preconceito, humilhação e maus tratos. E apesar de viverem em sociedade, possuem um chip onde são controlados por qualquer um a qualquer hora. Como vocês devem ter imaginado, vermelho é a cor do pior crime, dos estupradores, assassinos e mau caráteres. 

A vitima de Hannah foi seu filho, que não chegou a nascer. Ela cometeu um aborto de um caso extraconjugal que teve com o pastor da Igreja que sua família frequenta e tanta adora. Porém, ela está decidida a proteger a identidade do pai do bebê e do homem que realizou o "procedimento".

E é assim que se inicia a trajetória da nossa protagonista, uma menina que foi obrigada a mudar sua
identidade, e passa a enxergar a vida de uma maneira completamente diferente daquela que foi ensinada a ela. 

O livro, além de ser bem narrado, prende a atenção e o folego em um thriller emocionante, que aos poucos vai revelando o descobrimento de uma mulher estigmatizada, que luta o tempo todo para sobreviver a um cenário de preconceitos. A batalha interna que ela mesma cria entre Igreja e Estado e a obrigação de se ver no espelho e questionar os mesmos porquês que questionava enquanto "pessoa normal", mas agora, na pele de uma Cromo e considerada extremamente perigosa.

O que mais me deixou com vontade de escrever esta resenha, foi a visão que Hannah vai criando conforme o seu tempo como criminosa vai passando. Ela questiona se o seu Deus é o mesmo que o dos outros. Pode -se inventar seu próprio Deus? Definitivamente, na fé em que ela fora criada, não. Ela compara esse pensamento ao quadro de Mona Lisa.As mãos da moça misteriosa de Da Vinci permaneceriam sempre cruzadas daquele jeito, ela jamais se viraria para olhar a paisagem atrás dela, jamais afastaria do seu rosto um cacho de cabelos caídos, jamais bocejaria nem sorriria de uma orelha a outra. As pessoas poderiam observa-la, mas nunca pegariam um pincel e mudariam alguma coisa nela, só porque assim queriam ou acreditariam. Só pensar em uma coisa dessas, já seria heresia. 

Será que seria mesmo? 

Vamos refletir: qual a diferença entre as ações de Deus e as nossas próprias escolhas? 

Tornar-se amante do pastor da Igreja, submeter-se a um aborto, decidir por escolhas que afetariam o resto de sua vida ao lado das pessoas que ama, experimentar diferentes formas de sentir prazer, foi uma ação que Deus impôs a Hannah antes de ela nascer, como uma missão, ou foi sua própria escolha que a fez trilhar aquele caminho? Como poderia, assim como o titulo desta resenha, a predeterminação e o livre arbítrio andarem juntos, lado a lado? 

E se foi sua escolha, porque ela optou por uma que só lhe causaria dor? Fui questionando isso ao longo do livro e descobri junto a Hannah os seus motivos.

Ela sempre se sentiu presa dentro de uma caixa. A caixa da devoção a religião, a caixa do proibitivo, de ser a boa moça que apenas obedece, a santa imaculada. E depois de condenada, a caixa de ser manejada o tempo todo por outras pessoas. De ser dependente. 

Mesmo "livre" e vivendo como uma pessoa de pele "normal", ela estava presa. Foi no sentido literal da palavra "presa" onde ela encontrou o caminho verdadeiro para ser livre.

E essa foi a lição deste livro surpreendente, as vezes é na prisão e nas situações que exigem mais de nossos esforços, que encontramos a tão sonhada liberdade de expressão, de pensamentos e atitudes. 

Só posso finalizar dizendo que Hillary Jordan me deixou extasiada com essa leitura e me levou tão longe, que passei a questionar se sou livre só porque posso sair de casa a hora que quero e usar as roupas que bem entendo. Será que sou mesmo? O que é liberdade para mim? E para você? Você se considera livre?

Como diz Leon Tolstoi: "Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência".

Indico a leitura para aqueles que buscam ou ainda não sabem que buscam, a sua verdadeira identidade dentro de uma sociedade que ainda carrega preconceitos, e preceitos pré definidos e impostos a todos.  

Como eu costumo dizer, eu gosto assim, quando me fazem pensar. E esse definitivamente colocou minha cabeça para funcionar. 

Minha nota: 10

domingo, 20 de outubro de 2013

Boa tarde leitores,

O que vocês estão achando do blog até agora? Quais livros vocês gostariam de ler uma resenha?

Com a participação de vocês, quero melhorar cada vez mais esse espaço e torna-lo o universo de vocês também.

 Um ambiente onde juntos possamos entrar no mundo dos livros e suas peculiaridades.

Ajudem divulgando aos amigos, colegas, familiares e amantes da leitura. Sigam o blog e vamos construir um espaço de debates aflorados desse universo que tanto amo!

Posso contar com a ajuda de vocês?

Que tal ler um livro hoje?

Grande abraço!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"O tempo é como um encantamento. A gente nunca tem o quanto imagina" - Resenha do livro "O silêncio das montanhas" - Khaled Hosseini

Você já parou para refletir sobre o significado da palavra "tempo"? Você já teve aquela sensação de que os meses e os anos estão cada vez passando mais rápido? Não parece que foi ontem que você lembra de uma criança que hoje se tornou um adulto pagante de suas próprias contas? No meio dessas reflexões, você sentiu saudade de alguém ou alguma coisa? Já teve vontade de entrar em um túnel do tempo e fazer tudo de novo, só que desta vez, diferente?

Pois é exatamente sobre isso que fala o livro do medico e escritor afegão, Khaled Hosseini. Em "O silêncio das montanhas" tudo gira em torno da separação de dois irmãos: Pari e Abdullah. No primeiro capitulo o pai dos irmãos inseparáveis conta-lhes uma antiga fabula afegã, onde um monstro abominável rapta crianças e as leva para seu castelo, e nunca ninguém mais ouve falar delas. Na fabula, um dos pais fica tão atordoado quando um de seus filhos é sequestrado pelo monstro, que percorre montanhas arenosas para resgata-lo, e quando chega ao castelo, percebe que seu filho está saudável, mais gordo, de banho tomado, estudando e brincando em um lindo jardim. Eis que o monstro diz para o pai que ele tem duas opções: levar de volta o filho para a aldeia pobre e sem chances de um futuro melhor para a criança, ou deixa-lo ali, sendo bem cuidado e tratado, com chances de se tornar alguém importante e estudado. Claro que em qualquer opção, existe uma regra: a criança nunca se lembraria de seu passado, mas o pai, sim. Parece a tal da dúvida que sofre Sofia no filme tão polemico de Alan J. Pakula.

No decorrer dos capítulos, percebemos que a tal fabula começa a fazer sentido, quando o pai dessas crianças, resolve vender sua filha Pari, a Nina Wahdati, uma poeta meio afegã, meio francesa. Pari ainda é muito menina e acaba apagando de sua memoria sua verdadeira origem, que é ao lado do irmão  Abdullah em sua cidade natal, Cabul. Vocês já devem ter percebido que quem realmente sofre nesse livro, é o irmão, que vamos ter o desprazer de acompanhar toda sua dor em não saber o que houve com sua irmãzinha tão amada.

O autor avança e retrocede no tempo ao longo dos capítulos. Viajamos de 1949 a 2010 em cada página virada, e nelas conhecemos outros personagens, que por algum motivo e razão, estão ligados aos verdadeiros protagonistas. Conhecemos Nabi, um chofer e cozinheiro, que conquista o coração de seu patrão, que vamos descobrir mais tarde é casado com Nina Wahdati e pai de Pari. Somos apresentados aos primos Idris e Timur que moravam na mesma rua que a família Wahdati quando crianças ,e acabam  fugindo do Afeganistão para se refugiar nos Estados Unidos. Adel, que é filho de um cruel criminoso politico, mora em uma mansão, que é construída indevidamente no lugar que ficava a  antiga aldeia que Pari e Abdullah moravam antes da separação. O medico grego Markos, que trabalha como voluntário em Cabul e acaba se tornando um dos melhores amigos de Nabi. As irmãs Parwana e Masooma, que por conta de uma inveja enrustida, podem ter sidos as primeiras responsáveis por todo o sofrimento dos nossos personagens principais.

O livro possui apenas 9 capítulos, mas cada um deles se assemelha a contos, que se entrelaçam e vão formando o desfecho da historia onde acontece o tão esperado reencontro depois de 58 anos de Pari e Abdullah. A história de todos esses personagens é ambientado no Afeganistão, Estados Unidos, França e Grécia. Além de imergir na estória, e como um detetive, juntar as peças para entender qual a ligação entre todos os personagens, ganhamos gratuitamente uma aula de história, passando por guerras civis e politicas, preconceitos e cenários preocupantes de extrema precariedade e pobreza.

Não vou entregar qual afinal é a ligação de todos esses personagens e como o livro termina. Com final feliz ou não, o livro me trouxe a reflexões a cerca do tempo e os planos que fazemos que podem ser completamente modificados, novamente por culpa dele, o tempo.

Uma das frases que mais me chamou a atenção nesta obra, traz o que de fato quero falar dessa resenha:

"Dizem que a gente deve encontrar um propósito na vida e viver este propósito. Mas, às vezes, só depois de termos vivido reconhecemos que a vida teve um propósito, e talvez um que nunca se teve em mente."

 Ao longo de nossa vivência traçamos planos e propósitos: "Serei medico quando crescer e vou salvar muitas vidas", "Serei advogado e cuidarei de grandes causas" "Vou ser veterinária e não deixar nenhum animal ser abandonado". Até ai, tudo muito nobre, mas e os percalços da vida?

Como teria sido a vida de Abdullah e Pari se nunca tivessem se separado? Como lidar, quando uma grande pedra aparece no meio do nosso caminho? Querendo ou não, vivemos isso constantemente sem nem perceber. A todo momento, nossos planos são atrapalhados na tão conhecida "causa e efeito da vida", e quando vamos nos dar conta, já se passaram anos e nada foi feito. Apenas vivemos na inercia dos acontecimentos.

O engraçado é que mesmo não nos dando conta, a vida nos prega algumas peças, querendo nos alertar a todo momento dos nossos propósitos. Por exemplo: você nunca conheceu alguém que teoricamente não tem nada a ver com sua vida e ela acaba se tornando o meio de se chegar ao objetivo principal? A ligação de todos esses personagens, não seria um aviso de que mesmo com a tal da pedra no caminho, temos que  traçar nosso proposito de alguma forma?

Temos que ser testados e nem tudo chega ao seu objetivo da forma que imaginamos quando o jogo dá a largada. É preciso dançar conforme a música, certo?

Gostaria de definir a palavra "proposito" segundo o Aurélio:"Vontade ou intencionalidade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Ante um pensamento, podemos afirmá-lo, negá-lo ou suspender o juízo."

Lendo esta obra, eu tive uma certeza: o tempo é uma dadiva que nos é dada, porém poucos sabem aproveita-la em seu próprio proposito. Que tal começar a repensar no tempo que já se passou, e no que aconteceu em sua vida, e porque aquele tão planejado proposito ainda não aconteceu?

Preparado?

Se a resposta for positiva, indico essa leitura, que além de ser emocionante, bem narrada e muito realista, nos traz a reflexões próprias e mudanças em nossos propósitos extremamente significantes. Aconteceu comigo, porque não com você?

Minha nota: 9,5

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Não é obrigatório que um ser humano esteja acompanhado para ser feliz" - Resenha do livro "Los Angeles" - Marian Keyes

Vocês já devem ter percebido que sou fã da autora Marian Keyes. Toda vez que leio um livro dela, me sinto conversando com uma amiga em uma mesa de bar. Dou risada (daquelas de gargalhar alto), choro, falo desde de "o que está na moda hoje em dia" até "deixa eu te contar do meu ultimo rolo amoroso".

Os livros de Keyes são assim: descontraidos, gostosos de ler em qualquer ocasião e circunstância, e que não fogem nem um pouco da realidade das mulheres no auge de seus 30 e poucos anos.

Em "Los Angeles" temos Maggie. Ela sempre foi a filha modelo de perfeição para a complicada e engraçadissima familia Walsh. Mas como toda pessoa que passa a adolescência e parte de sua vida adulta agindo dentro dos conformes, chega um dia em que ela simplesmente se cansa de ser assim e começa literalmente a enlouquecer.

Antes de contar as loucuras de Maggie, gostaria de fazer uma pergunta para você que está lendo essa resenha: "Quem nunca?". Digo por mim mesma, que tive minha dose de insanidade quando vivi boa parte do inicio da minha vida adulta presa a rotulos, estigmas, expectativas de terceiros e um medo enorme de fazer escolhas consideradas "fora da caixa". Acredito piamente que em algum momento na vida de qualquer ser humano "normal" (que fique bem claro que não acho a humanidade nem um pouco normal, graças a Deus), já se passou a seguinte pergunta na cabeça "O que eu estou fazendo da minha vida?"

Foi isso que aconteceu com a nossa protagonista. Maggie têm um marido, um emprego em uma firma de advocacia e uma vida atrelada a bolacha e sal (muito menos sal nesse caso)  Até que ela descobre que seu marido está tendo um caso, e como toda mulher traída resolve se "jogar" na vida. Claro que ao longo do livro, fica claro que a traição não foi o estopim para que Maggie decidisse viver a vida de uma perspectiva diferente, como eu disse antes, a dúvida já vinha se aponderando dela há muito tempo. Vamos combinar que ela só precisava de um motivo para justificar sua vontade de modificar tudo dentro de si mesma.

Então, por ironia do destino, Maggie é mandada embora de seu trabalho e sua melhor amiga, aspirante a roteirista, mora na badalada Hollywood. Daí a justificativa do livro se chamar "Los Angeles".

É desse ponto que inicio a narrativa da descoberta de Maggie, de quem realmente ela é e do que é capaz. Digo isso, porque quando nos colocamos em situações fora de nosso contexto e padrão, provamos o que verdadeiramente somos e queremos. Uma vez ouvi que "na dúvida não há dúvida". E realmente funciona, porque se temos tanta certeza de alguma coisa, porque raios aquele sentimento de que algo está errado fica perturbando nossas mentes?

Foi assim que Maggie passa a frequentar o mundo de luxuria, diversão, bebedeiras e consumismo excessivos da California.

Nossa aventureira corta o cabelo radicalmente, pinta as unhas de vermelho, usa roupas extravagantes em cima de saltos altissimos, beija a boca e transa com uma mulher, se envolve com um galinhão graduado e pós graduado na faculdade de "pego todas e depois não ligo no dia seguinte", faz compras até seu cartão de crédito chegar ao limite e tem ressacas alucinantes quase todos os dias.

Volto a pergunta do inicio "Quem nunca?".

Não sei se serei apedrejada a partir daqui, mas todos devemos passar por essa fase onde somos meio loucos, onde não sabemos bem o que estamos fazendo: a fase da "experimentação". Como diz Freud: a mudança vem primeiro de fora pra depois acontecer por dentro.

O ser humano têm essa necessidade de agir e concluir ações completamente diferentes de seus ideais para depois conseguir trazer para dentro de si o que realmente lhe faz bem, lhe traz conforto e forma sua personalidade.

Existem pessoas que formam sua personalidade com 60 anos e não com 7 como alguns especialistas dizem por ai. No caso de Maggie, ela formou após seus 35 anos. Não vou contar se ela volta com seu ex marido, ou se ela até chega a se divorciar, se ela encontra um principe encantado na terra do Neverland, mas o mais importante aqui não é isso, e sim se Maggie consegue se encontrar nesse enrosco todo que ela  mesma se meteu.

O livro é leve, você dará boas risadas e vai encontrar nos dilemas de Maggie os seus proprios. Recomendo a leitura não só para mulheres, mas para homens também, porque todos nós já vivemos intensamente um periodo de dúvida. Só não garanto uma coisa após ler o livro: você ficará louco de vontade de abandonar tudo e se auto descobrir em algum lugar mágico como Los Angeles.

Que tal arriscar olhar para dentro de si e finalmente saber o que é a felicidade para você? Viver dentro da caixa pode não funcionar.

Finalizo da seguinte forma: Pense não naquilo que você acha que é capaz, mas experimente realmente do que você é capaz.

Minha nota: 8,5

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Novidades...

Queridos leitores,

Aguardem que estão vindo novidades!

Leituras a caminho de resenhas em breve!

Abraços =)